ESTE BLOG RELATA UMA SÉRIE DE REFLEXÕES FEITAS ATRAVÉS DE UM ESTUDO SISTEMATIZADO DURANTE MEU TREINAMENTO COM MEU MENTOR.

DESEJO A TODOS QUE VISITAREM E/OU COLABORAREM COM ESSE BLOG,UMA SAUDAÇÃO DE BOAS VINDAS E O MEU MUITO OBRIGADO PELA SUA VISITA.

AGRADECE

ROXIE TIGRESA.

terça-feira, 13 de outubro de 2020

 MEUS AMIGOS ESTOU NA RETA FINAL DO MEU LIVRO...

QUANTO A MESTRE RICARDO, NA ÉPOCA DAS POSTAGENS ,ELE AINDA ESTAVA EM ATIVIDADE.

 COMO SEMPRE ,PEDI A AUTORIZAÇÃO PARA POSTAR NO MEU BLOG OS SEUS BELOS TEXTOS.LÓGICO COLOCANDO A AUTORIA DO TEXTO.

PORTANTO NÃO SEI ONDE ANDA MEU AMIGO/IRMÃO ,MESTRE RICARDO QUE FOI UM DOS QUE ME AJUDARAM COM SEUS CONSELHOS NA MINHA CAMINHADA.

BJS ROXIE TIGRESA ÉBANO


quinta-feira, 10 de setembro de 2020

SEGURANÇA ACIMA DE TUDO E DE TODOS

  Hoje vou tratar de um assunto ,que possa ser banal para muitos: A idade. Com qual idade devo começar no BDSM?

Bem meus amigos , quando inciei não existia o facebook...Portanto , tudo era feito no orkut ou nas salas de bate papo do uol, e quem frequentava na época , era a nata do BDSM  aqui no Brasil.
Tanto que eu tive ótimos orientadores lá....


Mas vamos a temática de hoje...
Quando adentrarmos as salas ,grupos, muita coisa está acontecendo que não acontecia antes ,como por exemplo uma submissa(o) em negociação ficar com o privativo aberto, era orientado assim que começássemos a negociar , colocar em negociação, e mesmo durante a negociação só conversaríamos com um Dominante com a autorização do futuro Dono, não era algo livre...Como numa relação baunilha.


Outra coisa, que atualmente está me perturbando e muito.É  que ninguém entrava no BDSM com 18 anos e ainda por cima para ser TOP ...Porquê???


Simples, para ser Dominante , tem  antes de tudo estudar anatomia humana,para saber onde pode ou não bater, se pode amarrar, como amarrar...Imaginem um jovem de 18 anos desconhecedor da anatomia humana , chegar negociar com uma submissa,vão para uma sessão , e numa sessão de spanking, ele sem querer ,por não ter conhecimento necessário , deixa a submissa ou servo aleijado... ou mesmo ele por desconhecer a segurança que deve ter uma sessão, que não é só a SAFEWORD ( senha) ,realize alguma mistura , de ingredientes tipos gengibre , urtiga e pimenta e cause uma queimadura, ou ainda no pior dos casos ,desconheça que o submisso(a) seja claustrofóbico ou mesmo alérgico a substância utilizada ,e realize uma mumificação...O submisso entrará em pânico .vai se sufocar e chegar a óbito...

 

Para quem deseja ser um BDESIMISTA, a primeira coisa que se tem fazer , é estudar e bastante , para não cometer erros que não possam serem irremediáveis...
Existem tanto no meu blog ,como em diversos blogs ou páginas ,materiais que dão suporte e entendimento o que seja           BDSM.


Aconselho os novatos a lerem SADOMASOQUISMO SEM MEDO, foi um material escrito por uma participante , é uma tese de mestrado bem fundamentada e para quem curte uma leitura educativa .

Esse conselho independe de que lado da relação você está , se Top ou botton.

Bem por hoje é só.

bjs Roxie Tigresa Ébano

 

 

 

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quarta-feira, 29 de julho de 2020

SSC, RACK e PRICK

SSC, RACK e PRICK são diferentes princípio ético-pragmáticos que orientam as práticas de BDSM, sendo o mais conhecido deles o SSC.

O termo SSC surgiu pela primeira vez na década de 80 em Chicago e Nova Iorque em pequenos grupos gays de S/M que estavam envolvidos também com educação e ativismo. Os grupos estavam observando algumas situações problemáticas que aconteciam no seu meio:
“Ditos ‘dominadotress’, que se aproveitavam de frequentadores mais novos ou novos no meio para empurrá-los para atividades sem que estes estivessem conscientes ou de acordo com a atividade e riscos; em outras palavras, sem o seu consentimento. Haviam também pessoas que tinham uma boa ética e preocupação pelos outros, mas seu nível de know-how em atividades como restrição e whipping [chicotear] talvez não correspondiam ao seu entusiasmo. Ao mesmo tempo, jogos S/M [sadomasoquistas] frequentemente resultavam em respostas emocionamente complexas que eram acudidas com boa comunicação e discussão” — o original em inglês você encontra aqui.
A partir disso foi surgindo o SSC. A popularização do termo, porém, só aconteceu a partir da década de 90 e este ficou sendo a principal referência para orientar a ética da prática até hoje. Próximo à virada do século, porém, alguns autores como Laura Antoniou, Joseph W. Bean e Phil Julian e praticantes em fóruns de internet passaram a criticar o termo. Um desses críticos foi Gary Switch, que propos o termo RACK. E mais recentemente, segundo site Kinly perto de 2009, surgiu do RACK o termo PRICK.

SSC (São, Seguro e Consensual)

Safe, sane and consensual. A mais comum e conhecida no meio BDSM. Ela orienta os praticantes a planejarem e viverem suas práticas levando em conta e tendo como referência a sanidade, a segurança e a consensualidade dos participantes.
, segundo o BDSM Wiki, quer dizer que as “atividades devem acontecer num estado de espítiro são e sensível” e, segundo o site da NCSF, sabendo a diferença entre fantasia (papel) e realidade (humanidade pra além do BDSM). A prática sã é aquela que “enriquece e melhora a funcionalidade em outras áreas da vida” (NCSF). A prática que leva a mal estar emocional e causa problemas na vida da pessoa não é sã. Para isto, algumas perguntas podem ser feitas, segundo o site GoodTherapy: “as atividades que faremos irão abrir feridas emocionais? Eu confio no meu parceiro para cuidar de mim num estado de vulnerabilidade? Eu tenho controle sobre meu sadismo e eu sou capaz de balanceá-lo com amoroisdade e gentileza? Estou fazendo isso porque eu gosto ou por um sentimento de culpa ou obrigação?”.
Segura, enfatiza que medidas tem que ser tomadas para previnir riscos à saúde física. Ou seja, que or riscos devem ser compreendidos e medidas devem ser tomádas para reduzí-las ao máximo. Estudar anatomia humana básica e o impacto que pode ter o equipamento que se usa é imprescindível. Segundo o site GoodTherapy, “máscaras de privação sensorial, sondas urinárias, clamps genitais, instrumentos de suspensão e até mesmo cordas, cintos e palmatórias podem causar danos duradoros ou até mesmo se provarem fatais se os parceiros não estiverem devidamente preparados”. Cada pratica implica em um risco físico diferente.
Consensual, significa que os praticantes consentiram com a atividade e estavam num estado mental em que podiam consentir (ver Consentimento no BDSM e as condições para que ele exista). “Ao invés de nos focar em palavras e gestos respeitosos, podemos pensar em respeito como um compromisso geral para segurança e prazer mútuos”, diz o site GoodTherapy. O consentimento é dado sempre de forma específica e deve ser atualizada.

RACK (Tara/fetiche Consensual com Consciência dos Riscos)

Risk Aware Consensual Kink. Foi uma visão ética surgida a partir da seguinte crítica ao SSC: nenhuma prática é isenta de riscos. Pelas palavras do próprio criador deste paradigma, Gary Switch, “ambas as partes de uma negociação estudaram as atividades propostas, estão informados dos riscos envolvidos e concordam em como lidar com estes riscos.
Consciência dos riscos se refere ao fato de que os praticantes devem estar cientes dos riscos que a prática oferece para estarem preparados para eles. Gary Switch diz que para lidar com os riscos, os praticantes de BDSM devem fazer como os escaladores de montanha: desenvolvem estratégias, práticas e buscar conhecimento. “Queremos promover a noção que desenvolvemos expertise e que para fazer o que fazemos corretamente é necessário habilidade desenvolvida por um processo similar de instrução, treino e prática”, ele diz.

PRICK (Tara/fetiche com Consentimento Informado e Responsabilidade Pessoal)

Dentre os três paradigmas este é o mais recente e sobre o qual menos achei conteúdo escrito. Segundo o site Kinkly, esta visão foi desenvolvida como uma crítica ao RACK, pois esse não enfatiza que os praticantes têm responsabilidade pessoal em consentir com os riscos e viverem com as consequências de suas escolhas. Uma das críticas a esta visão é a de que nem sempre se pode prever todos os riscos de uma prática, em especial quando se trata de um iniciante. Outra crítica é a questão da responsabilidade do bottom e do top.

Qual eu escolho?

Independentemente de por onde você irá se orientar, esses três paradigmas éticos tem algo em comum, que é a idea de que haja consentimento. Consentimento é aquilo que diferencia sexo de estupro, BDSM de abuso físico ou emocional. Mesmo que haja discordâncias à respeito de como agir eticamente, num ponto a maioria de nós concorda: que BDSM só pode existir se houver consentimento.
AVISO: As ideias, exemplos e opinões expressas aqui não são regras e não pretendem se constituir enquanto tal. Existem pela internet materiais que expressam outras opiniões e que podem ser mais adequados à sua visão, vivência, estilo e necessidades. A autora não se responsabiliza pelo uso deste texto. Toda forma de viver o BDSM é válida desde que seja respeitada a consensualidade, sanidade e segurança dos envolvidos.
Referências

domingo, 24 de maio de 2020

PRÁTICAS DO BDSM:SHIBARI

PRÁTICAS DO BDSM: SHIBARI


A verdadeira amarração do amor

Quando falamos sobre Bondage, citamos o Shibari como uma das sub práticas, mas o universo do Shibari é grande demais para ser apenas citado.  Essa prática de origem japonesa, que mistura harmonicamente arte, dominação e prazer, é objeto de estudo constante de muitos Dominadores(as). Capaz de levar o corpo humano ao limite da exaustão, pode ser utilizado como forma de tortura, em sessões de Spanking ampliando a sensação de poder do Top, também pode ser usado apenas para apimentar a relação.
Shibari (しばり):  é um verbo japonês que significa literalmente amarrar ou ligar. É uma expressão que tomou um sentido diferente no século XX, quando o uso da corda (nawa em japonês) começa a ser utilizada no contexto erótico. em japonês) começa a ser utilizada no contexto erótico.
Kinbaku (緊縛): é a palavra japonesa para “bondage” ou ainda Kinbaku-bi que significa “o bondage bonito”. Kinbaku (ou Sokubaku) é um estilo japonês de amarração sexual.

A HISTÓRIA:

A arte do Shibari/Kinbaku, evoluiu ao longo de centenas de anos, incluindo aspectos religiosos, sociais, guerras e conflitos, artes marciais, teatros e revistas japoneses. Até gerar a curiosidade dos ocidentais, que acrescentaram novas características.
Para entender a fundo a história do Shibari, você pode ler mais aqui, eu recomendo a leitura das três partes da história, aqui vou abordar de uma forma mais superficial e prática.

SEGURANÇA EM PRIMEIRO LUGAR!

Além da consensualidade, o BDSM presa que as práticas sejam aplicadas da maneira mais segura possível, é obvio que após uma sessão de shibari, dependendo da intensidade, vão aparecer marcas e a pessoa vai ficar dolorida, mas a segurança citada trata de evitar traumas nocivos à saúde, por isso antes de qualquer sessão tudo é conversado, principalmente no caso de sessões avulsas (onde não há uma relação estabelecida), quando existe um contrato esses limites já foram informados.
A questão toda é que o bom senso é essencial, o São do SSC (São Seguro e Consensual), é vital para uma sessão segura. Então não é indicado o consumo de álcool nem de nenhum tipo de entorpecente, nem pelo Top nem pelo bottom, é muito importante também que o Top conheça, entenda e respeite os limites do bottom, uma vez que ele pode perder o controle sobre si e não conseguir pronunciar a Safeword, ou um gesto ou sinal pré-estabelecido caso a comunicação verbal esteja interrompida.
Toda prática exige estudo dos envolvidos, sim, até mesmo para prender as mãos com um lenço é preciso entender de anatomia e quais são os riscos, é sempre indicado que Dominadores que gostam de extrapolar alguns limites e praticantes de técnicas mais perigosas tenham uma noção de primeiros socorros caso se faça necessário.

TIPOS DE SHIBARI

Kazari-nawa (restrição artística)

Kazari (enfeitar, decorar) e nawa (corda) nesse tipo de Shibari, a parte artística é muito importante, trata-se praticamente de um decoração, a restrição se dá forma simétrica e bem trabalhada. Nesse tipo de Shibari também existe uma cobrança técnica para que haja a existência de cordas restantes ao termino da amarração.

Ne waza (técnicas de chão)

Nessa técnica as amarrações são feitas no solo, bem menos preocupada com a estética, pode ser utilizada para carícias e/ou torturas, utilizando as cordas como um meio de conexão entre os envolvidos.

Kata ashi tsuri (de semi-suspensão)   Tsuri (suspensão)

As técnicas de semi-suspensão e suspensão total exigem muita técnica e conhecimento, uma vez que a possibilidades de lesões em nervos e ferimentos mais graves, além da falta de circulação de sangue adequada. Nessas técnicas os nós são mais precisos e firmes, e ao mesmo tempo mais fáceis de serem desfeitos.

OBJETOS

Essenciais no Shibari, as cordas são protagonistas na técnica, é muito importante utilizar os tipos corretos para evitar lesões e transtorno.
O padrão ideal é alcançado utilizando-se fios de juta 100% natural e com a tradicional torção controlada de 3 pernas. Ela é ao mesmo tempo extremamente maleável e segura no que diz respeito à resistência e capacidade de prender/soltar os laços e nós, além de que, com o passar do tempo e uso, a corda de juta vai, uniformemente, ficando mais e mais macia
As cordas podem ser naturais ou coloridas, sendo que estas últimas são realizadas através de processo industrial.
A partir de fios de juta de 7 libras selecionados e limpos, iniciam-se os processos de torção e retorção que originam uma corda bruta. Estes são processos cuidadosos, que merecem toda atenção, pois a força e a quantidade de torção e retorção são apropriadas para que as cordas sejam maleáveis e, ao mesmo tempo, bem resistentes.

Os próximos passos são:

  • fervura(que acontece por um tempo determinado e com a mistura de um óleo específico), proporcionando o amolecimento das fibras brutas;
  • secagem/esticagem, para que as fibras não se contraiam;
  • enceramento, que promove uma camada de proteção das fibras externas para a queima;
  • queima, que retira todas as fibras excedentes que a corda bruta torcida promove e que, com o derretimento da cera na parte exterior das fibras, faz com que as fibras internas recebam sua proteção;
  • limpeza, que retira as fibras excedentes e queimadas da parte externa da corda; e
  • oleamento, que finaliza a Jute Hemp, fazendo com que a corda fique macia e deslize facilmente pelas mãos.

PREPARANDO O AMBIENTE

No caso das técnicas Kazari-nawa e Ne waza, é importante preparar um local adequado e confortável, já no caso das técnicas Kata ashi tsuri e tsuri, é necessário um local adequado, geralmente são instaladas roldanas no teto e/ou parede, essa instalação deve ser feita por um profissional competente e é essencial saber e respeitar os limites de peso desses equipamentos.

SEGURANÇA NA PRÁTICA

Quando são utilizados imobilizadores é sempre importante ter em mãos meios de rompe-los com facilidade, tesouras, chaves extras, e até alicates se for o caso.
É essencial verificar o condicionamento físico do bottom, se necessário fazer alongamentos e aquecimentos para evitar cãibras e contusões.
O estudo da anatomia humana no caso de imobilizações é muito importante, pois é preciso atentar-se para não interromper a circulação de sangue por um tempo que se torne nocivo, ou interromper a circulação de sangue em artérias, por exemplo.
Se não sabe não faça.
Se não tem certeza não faça.
Se está inseguro não faça.
Se não tem como interromper rapidamente não faça.

AFTER CARE

Em todas as práticas o cuidado posterior é essencial. O after care é momento de conversar, voltar ao mundo real, verificar como está o psicológico do submisso. Cuidados pós shibari podem incluir massagens para reestabelecer a circulação do sangue, alongamentos.

Se você se interessou, existem muitos vídeos tutoriais no YouTube, por exemplo, mas é muito importante estudar e treinar muito antes de partir para as técnicas que oferecem maior risco.
material retirado da página:

sexta-feira, 1 de maio de 2020

ÁLCOOL X BDSM


Muitos de nós ouvimos diariamente, no rádio e na televisão que álcool é uma droga que entorpece os sentidos e tira o senso da razão das pessoas. Por isso álcool não combina com direção.
Mas e com Dominação.
Vocês talvez pensem que estou exagerando, mas imaginem um Dominante que bebeu e foi para uma sessão. Imaginaram...pois bem, e se ele for um Dominante sádico que adora provocar dor, irá com certeza extrapolar a força que usaria se tivesse no comando normal de sua razão. E aí o escravo/servo/submisso*, poderá sofrer sérios machucados, sejam eles, proferidos com chicotes, cane, palmatória ou mesmo praticando o sexo.
Agora vamos para o outro lado da moeda.
Um submisso/escravo/servo, passa num bar, tomas umas doses ou mesmo cervejas e vai para uma sessão. Chega ao local cumprimenta seu Dominante ,e durante a sessão ela solicita para ele fazer alguma coisa e ele não o faz , ou aumenta a voz desafiando a autoridade do TOP. Imaginem ainda , ele servir seu TOP com comidas, sucos em uma bandeja e de repente por estar privado de sua coordenação motora derrama tudo em cima do Dominante. Ainda peço que imaginem ...ele é motorista do TOP e bater com o carro com os dois dentro. Imaginaram?
Pois é meus amigos, álcool não combina com DOMINAÇÃO X SERVIDÃO X SESSÃO  DIREÇÃO.
Não é exagero, é apenas a REFLEXÃO DE UMA SUBMISSA.
AUTORIA Roxane Tigresa Ébano  (Roxie ÉBANO).

OBS: Usei submisso/servo/escravo (para os dois gêneros)
TOP: Mestre, Senhor, Dono, Dominante, Lord, e outros títulos.